LANÇAMENTO DO LIVRO
Durante o evento, será lançado o livro: CONVERSAS SOBRE DIREITOS HUMANOS E PRÁTICAS EDUCATIVAS NO ESPAÇO ESCOLAR, organizado pelos professores do DHI, Angelo Priori, Delton Aparecido Felipe e Márcio José Pereira.
O livro é composto por oito textos. No primeiro deles, os autores procuram responder à questão chave do livro: o que são direitos humanos? E para isto, fazem uma radiografia histórica do nascimento e do desenvolvimento do tema nos últimos 200 anos, demonstrando as várias fases do debate, sobretudo como ganhou força a partir da Revolução Francesa e se ampliou com a fundação da Organização das Nações Unidas (ONU). Retratam também o desdobramento da discussão dos direitos humanos no Brasil.
Outros seis textos foram redigidos pensando em contribuir para o exercício de práticas educativas no espaço escolar. Três deles abordam conceitos fundamentais para o entendimento do problema: violência, cidadania e diversidade. E como desdobramento destes conceitos, foram elaborados os outros três textos, que tratam especificamente das relações étnico-raciais, da questão de gênero e da sexualidade, e da inclusão no espaço escolar. Por fim, há um texto apontando caminhos para novos debates sobre educação de direitos humanos.
DEBATE ATUAL
Segundo o professor Angelo Priori, do Departamento de História da UEM e coordenador do evento, analisar o tema dos Direitos Humanos hoje é uma tarefa fundamental. “Num tempo onde o Estado e os governantes atacam direitos fundamentais da população, como os direitos de uma vida digna a todos, os direitos trabalhistas, os direitos à previdência social, a liberdade de expressão, a liberdade de ensino e de cátedra, entre outros direitos constitucionais, debater e propor novos caminhos são atividades importantes para que possamos construir uma sociedade democrática, justa e mais humana”
Não é sem sentido - prossegue o professor - “que os estudantes saíram às ruas no mês passado, em defesa da educação e das universidades. Como não é sem sentido, que a população sairá às ruas nesta próxima sexta-feira, dia 14, para protestar contra a reforma da previdência. Pois são os direitos mais fundamentais das pessoas que estão sendo usurpados” enfatiza ele. Defender esses direitos é defender a dignidade da pessoa humana.
SERVIÇO
LIVRO: CONVERSAS SOBRE DIREITOS HUMANOS E PRÁTICAS EDUCATIVAS NO ESPAÇO ESCOLAR
LANÇAMENTO: Dia 14 de junho de 2019 (SEXTA-FEIRA) – 20:30 horas
LOCAL: AUDITÓRIO DA ADUEM (Rua Itamar Orlando Soares, No. 305 – ao lado da UEM).
O Grupo de Pesquisa Sobre Direitos Humanos e Políticas de Memória (DIHPOM/UFPR/UEM) e os Programas de Pós-Graduação em História da UFPR e da UEM realizarão nos próximos dias 13 e 14 de junho o I COLÓQUIO INTERNACIONAL DE DIREITOS HUMANOS E POLÍTICAS DE MEMÓRIAS, na Universidade Estadual de Maringá/PR.
O colóquio terá como tema central: Cidadania, Violência e Direitos Humanos.
O objetivo é proporcionar uma reflexão sobre as ressonâncias da violência praticada em governos e sistemas autoritários que afetaram e ainda afetam os segmentos da sociedade ditos vulneráveis relativamente à aquisição de bens de cidadania, tais como indígenas, camponeses, quilombolas, imigrantes diaspóricos, grupos LGBTs e mulheres.
O evento é voltado para os pesquisadores da área de história e das ciências humanas e sociais, professores universitários, professores da educação básica, alunos de pós-graduação e de graduação.
Na programação, além da apresentação de trabalhos de pesquisadores e pós-graduação, constam as seguintes mesas redondas e conferências.
Dia 13/06/2019 – Quinta-Feira
16:00 – 18:00 horas – Mesa Redonda: Memórias e Testemunhos
Participantes:
Coordenação: Prof. Dr. Márcio José Pereira (UEM).
Jornalista e Mestre em Sociologia Silvia Calciolari: “Memória como estratégia de resistência e defesa dos Direitos Humanos: Apresentação do livro ‘Depoimentos para a História”
Prof. Dr. Daniel Livovich (UNGS, Argentina): Primo Levi e a questão do testemunho.
Local: AUDITÓRIO 29 de Abril (Bloco I-12, térreo).
19:30 horas – Conferência de abertura
Título: O legado da ditadura militar, os deveres do Estado brasileiro e os direitos da sociedade.
Conferencista: Dra. Glenda Mezarobba (Cientista Política pela USP).
Local: AUDITÓRIO 29 DE ABRIL (Bloco I-12, térreo).
Dia 14 de junho de 2019 – Sexta-feira
9:00 – 12:00 horas – Mesa Redonda: A questão da invisibilidade social de grupos vulneráveis.
Participantes: Coordenação: Prof. Dr. Leandro Brunelo (UEM).
Prof. Dr. Angelo Priori (UEM): “Graves violações contra camponeses durante a Ditadura Militar no Brasil”.
Profa. Dra. Carla Cristina Nacke Conradi (Unioeste): “O gênero da militância: memória de mulheres na luta contra a Ditadura Militar no Paraná”.
Profa. Dra. Roseli Terezinha Boschilia (UFPR): “Os descompassos da diáspora: reflexões sobre a experiência imigratória da população haitiana no Paraná”.
Local: AUDITÓRIO 29 DE ABRIL (Bloco I-12, térreo).
19:30 – Conferência de Encerramento
Título: Construir memórias, um trabalho do presente.
Conferencista: Dra. Alejandra Oberti (Universidade de Buenos Aires)
Local: AUDITÓRIO DA ADUEM (Rua Prof. Itamar Orlando Soares, 305 – ao lado da UEM)
Mais informações sobre o evento, podem acessar o site: http://eventos.idvn.com.br/coloquio2019/
Por decisão da Diretoria, nesta sexta-feira (14) não haverá expediente na secretaria da Aduem e também no Centro de Esportes e de Lazer devido à adesão ao comando de greve geral para todo o país. Assim como as demais associações e sindicatos, a Aduem apoiará as manifestações que deverão ocorrer neste dia 14 de junho, contra a Reforma da Previdência.
Segue PORTARIA N. 04, de 11 de junho de 2019
Estabelece o fechamento da sede administrativa e do Centro de Esportes e Lazer ADUEM no dia 14/06/2019
A presidente da Aduem, no uso de suas atribuições estatutárias, Considerando a decisão de Diretoria, reunida em data de 10/06/2019;
RESOLVE:
Art. 1º. Não haverá expediente na Sede Administrativa e no Centro de Esportes e Lazer/ADUEM no dia 14 de junho de 2019, por ocasião da Greve Geral convocada pelas Centrais Sindicais.
Art. 2º. Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.
Cumpra-se e publique-se.
ELAINE ROSELY LEPRI
Presidente da ADUEM
JUAN ARIAS 7 JUN 2019 - 07:31 EDT - Alérgico a qualquer proibição nas normas de trânsito, o presidente Bolsonaro transforma o automóvel em outra arma da qual se sente orgulhoso O presidente Bolsonaro, em seus seis meses de Governo, apresentou um projeto de lei quase a cada dia. A maioria deles está relacionada a leis que evocam mais a morte do que a vida e que pretende responder às promessas feitas a seus seguidores mais radicais de extrema direita durante a campanha eleitoral. O primeiro foi a possibilidade de que todos os cidadãos possam estar armados para se defenderem contra a violência que assola o país. Uma espécie de incitação a exercer a justiça por conta própria, como a negros.
Segundo as pesquisas dos institutos internacionais especializados em violência do mundo, os países mais desarmados e com os melhores índices de educação têm o menor número de homicídios.
Aqui o Governo parece apostar, ao contrário, na panaceia de armar os cidadãos e criar na já maltratada educação, que figura entre as piores avaliadas do mundo, um clima de caça às bruxas, com perseguição a professores e incitação aos alunos a denunciá-los se tentarem falar-lhes sobre política ou sexo, enquanto reduz o orçamento da educação. O espírito de liberdade e de criatividade no ensino, que é o coração da aprendizagem que forja os jovens para a vida e forma-os como cidadãos responsáveis, deu lugar a uma cultura de castração intelectual que os empobrece e atemoriza.
Da gente comum aos intelectuais e políticos mais livres, começa a ser denunciado, no entanto, um clima de morte cultural, que está se instalando em todas as esferas da vida cidadã, enquanto a última pesquisa do IBOPE revela que 70% dos brasileiros é contra esse projeto que permite que os brasileiros se armem. Uma leitora deste jornal, Heloisa Carlogin, em um comentário à notícia segundo a qual em uma teleconferência com jornalistas brasileiros reunidos em Madri o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, uma espécie de primeiro-ministro, havia defendido que armar os cidadãos é nada menos que “um dos Direitos Humanos”, comentou: “Todas as medidas do Governo são para favorecer a morte”.
Dias atrás, Flávio Dino, governador do Maranhão, professor da Universidade Federal e ex-magistrado, tinha enunciado com maior contundência essa cultura da morte que se tenta implantar no Brasil com esta mensagem nas redes: “Basta da agenda da morte. Mais armas igual a mais mortes. Menos educação igual a mais mortes. Menos direitos para os mais pobres, mais mortes. Lei da selva no trânsito, igual a mais mortes. Essa gente não pensa em VIDAS?”.
E se o primeiro projeto do presidente foi permitir que os cidadãos tivessem até quatro armas cada um e permitir que os menores de idade frequentassem clubes de tiro para aprender a matar, o último apresentado dias atrás também está relacionado com a morte. A nova lei que pretende aprovar e que deu tanta importância a ponto de ter ido pessoalmente ao Congresso para apresentá-la, é a que, praticamente, elimina as regras que regem o trânsito dos automóveis para evitar acidentes e salvar vidas.
O novo projeto que o presidente acaba de apresentar para aprovação do Congresso pretende permitir que os motoristas se sintam livres ao volante de seus carros ou caminhões, sem medo de serem multados ou importunados nas estradas por radares de velocidade fixos ou móveis que decidiu eliminar. Quer, diz ele, pôr fim à “indústria da multa”, liberando os motoristas das responsabilidades vigentes nos países desenvolvidos para evitar acidentes. Até agora, no Brasil, com 20 pontos negativos na carteira de habilitação esta é suspensa. Bolsonaro aumenta para 40 pontos e disse que por ele deixaria em 60. Além disso, libera os motoristas profissionais, como os de caminhões e ônibus, do exame hoje obrigatório, ao renovar a habilitação, para comprovar se consumiram nos últimos meses algum tipo de droga ou substâncias estimulantes, o que produz maiores acidentes. E anuncia reduzir ao máximo as exigências para obter a carteira de habilitação.
Toda essa permissividade com os motoristas em um país que é o quarto do mundo em número de acidentes de trânsito, atrás de China, Índia e Nigéria, de acordo com o estudo Global Status Report on Road Safety, da ONU, realizado em 183 países. O aumento do número de vítimas fatais no trânsito mundial é, no entanto, inversamente proporcional aos índices de educação e desenvolvimento econômico. Entre os países com maior número de mortes no trânsito não figura, por exemplo, nenhum dos países com os maiores índices de qualidade de vida e de educação escolar, como Dinamarca, Suécia, Coreia do Sul, Japão, Singapura e Austrália.
O número anual de mortes no trânsito hoje no Brasil é de 48.349, o que equivale a 132 vítimas por dia, uma a cada dez minutos. Será que ainda parece pouco para o Governo que deseja aliviar a responsabilidade dos motoristas? E se fosse pouco, além essa liberalidade nas regras de trânsito, Bolsonaro também liberou os adultos da obrigação de pagar multa por deixar usar uma cadeirinha especial para crianças com menos de sete anos, uma regra que reduziu em 60% o número de vítimas fatais infantis. Essa decisão levou a deputada Christiane Yared, do PL, a denunciar publicamente esse projeto do Governo que levará a um aumento do número de vítimas no trânsito. Mãe de um dos jovens mortos em 2009, atropelados pelo carro do então deputado estadual Fernando Ribas Carli, que dirigia bêbado, a 170 por hora e com a habilitação vencida, a deputada ironizou com dolorido sarcasmo: “Não sei o valor de uma cadeirinha, mas sei quanto custa um caixão. Eu sei por que paguei o caixão do meu filho”.
Alérgico a qualquer proibição nas normas de trânsito, o presidente Bolsonaro transforma assim o automóvel em outra arma da qual se sente orgulhoso. Paixão pelas armas à qual pretende converter todo o país, crianças e adultos, homens e mulheres, sob a vã ilusão de fazer do Brasil um país mais seguro. Cabe perguntar, como o governador do Maranhão: “Essa gente não pensa em VIDAS?”.
Com esse friozinho batendo lá fora, impossível não pensar em uma sopa quentinha para o final do dia. De terça a domingo, durante o inverno, a cantina da Aduem serve caldos de variados sabores. Nesta quinta-feira teremos caldo de mandioca e caldo verde.
Atendimento:
TERÇA e QUINTA
Das 13h às 22h
QUARTA e SEXTA
Das 11h às 20h
SÁBADO e DOMINGO
9h às 20h
Em apoio à Associação Indigenista de Maringá (ASSINDI), a Aduem estará arrecadando agasalhos de 04 a 23 de junho.
As doações poderão ser entregues na Sede Social ou na Secretaria.
Esta campanha terá enfoque maior nas roupas infantis, que registram menor doação. Porém, toda peça será bem-vinda, já que a ação visa atender a ASSINDI, em geral. Estão pedindo blusas e calças em bom estado; mantas e cobertores; toucas, meias e calçados.
Aduem agradece e pede também o apoio de todos na divulgação deste projeto.
A Aduem está preparando uma grandiosa festa junina para o final do mês, dia 29. O arraial será no Centro de Esportes e de Lazer da UEM/Aduem e todos os sócios estão convidados. Os preparativos já iniciaram e essa edição promete algumas surpresas. O melhor traje caipira levará um prêmio.
Faleceu nesta tarde de sexta-feira(31) o professor Carlos Benedito Sica de Toledo (58), em Maringá. Carlos Sica (DIN/UEM) foi presidente da Aduem na gestão de 2014-2015, quando trabalhou pela modernização dos ambientes das Sedes Administrativa e Social da Associação. Professor Sica estava em tratamento contra um câncer e sua morte foi anunciada por familiares nas redes sociais. Ele enfrentou a doença durante cinco anos.
Professor e pesquisador no Departamento de Informática da Universidade Estadual de Maringá, mestre em Ciência da Computador da UEM desde 1988 (escreveu cinco livros da área), coordenou a implantação da Usina de Conhecimento, a primeira feira de informática e ecnologia dentro da Expoingá, a Expotech e participou do movimento Repensando Maringá, que se tornou o Codem. Também realizou outras atividades junto à incubadora e na Assessoria de Planejamento da UEM. Em julho de 2018 lançou o livro “Câncer, Uma história de amor, fé e esperança”. Ainda tinha um blog no site de O Diário. Era praticante de ciclismo, onde fez boas amizades.
Muito obrigada por tudo, Sica. Descanse em paz.
Vamos tomar Caldo Verde hoje?
A Aduem está servindo rodadas de caldos, na cantina da Sede Social, duas vezes por semana. Nesta quinta-feira (23) será servido caldo verde quentinho. Para quem gosta de um happy hour durante a semana, a opção de tomar caldo na associação, toda terça e quinta-feira, é bem-vinda. E mesmo para quem não tem costume, vale a pena conferir essa ação que a Aduem está promovendo. Além de ser uma ótima oportunidade para se reunir com os amigos e passar umas horas juntos, conversando. Com o friozinho se aproximando, o convite para um CALDO QUENTE será bem-vindo o inverno todo.
O ISOLAMENTO DE BOLSONARO
Por Pedro Jorge
Os atos de hoje pelo Brasil, que levaram centenas de milhares de estudantes e profissionais da educação às ruas, são a retomada das lutas sociais de massa em nosso país. Foram as primeiras grandes manifestações, mas não serão as últimas: ao contrário, elas se multiplicarão, envolvendo segmentos diferenciados da população, com níveis maiores ou menores de organização e radicalidade.
O que acontece é que Bolsonaro, agora completando cinco meses na cadeira presidencial, já demonstrou a completa incapacidade de seu governo de resolver os reais problemas do país: economia estagnada, apontando para a recessão, desemprego em massa, preço em alta dos combustíveis e toda uma gama de serviços públicos deteriorados que a população que deles depende esperava verem recuperados. Isso sem falar na crônica violência de nossas cidades e campo. A única resposta que seus ministros encontraram até agora foi responsabilizar a Previdência Social pelo déficit e propor a sua destruição.
Bolsonaro tem feito tudo às avessas: adota políticas restritivas, aprofunda a possibilidade de recessão e desemprego, deteriora ainda mais os serviços públicos e apresenta como solução para a violência medidas que ao invés de combate-la, tende a generaliza-la.
Não age assim apenas porque assim quer. Seu governo nasce espremido pela sufocante crise do capital em escala planetária. Sem os dólares de uma China que crescia a absurdas taxas de 15% ao ano, escassearam os recursos advindos da exportação de produtos primários, estreitando muito a margem de manobras de um governo que pretendia acender uma vela para deus e outra para o diabo, tal como lograram realizar os governos petistas. Com os bancos lucrando como nunca (tal como diversas vezes Lula confessou) ainda era possível, naquelas condições, realizar programas que tinham algum apelo popular e incentivar o crédito. Na verdade, acendiam uma vela só, mas asseguravam estar acendendo duas.
Para Bolsonaro, este caminho está obstruído. Trata-se do candidato que foi apoiado pelas classes dominantes para fazer a rapa do tacho e continuar garantindo seus lucros. O resultado, inevitável será o aprofundamento da miséria das massas populares e seu completo isolamento delas. As manifestações de hoje são apenas o prelúdio desses novos tempos.