POR QUE A UEM NÃO PODE PARAR?
Por Luciano G.Costa
Além da qualidade do ensino, a Universidade é igualmente reconhecida pela relevância das pesquisas que desenvolve e por sua atuação extensionista. Na UEM, 65% do quadro docente tem doutorado e 84% dos docentes trabalham em regime de dedicação exclusiva.Tanto o perfil do seu quadro profissional como também a relevância dos projetos que realiza contribuem para a qualidade da atuação da instituição. Na atualidade, a UEM tem próximo de 1.000 projetos de pesquisa em andamento e mais de 150 pesquisadores bolsistas em Produtividade em Pesquisa ou em Desenvolvimento Tecnológico do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico (CNPq/MCTI), o que representa um repasse mínimo de R$ 2,0 milhões/ano pelo Ministério da Ciência, Tecnologia.
De fato, não há dúvidas de que a UEM contribua para o desenvolvimento local, regional e estadual. Em 2014, a Universidade executou um orçamento da ordem de R$ 500 milhões (meio bilhão de reais). Anualmente, a realização de cada um de seus vestibulares mobiliza próximo de 20 mil candidatos que, por sua vez, movimentam a economia local. As estimativas indicam que em cada vestibular somente os candidatos de outros estados gastam R$ 1,5 milhão em Maringá.
Enfim, a UEM se desenvolveu em quantidade e qualidade dos serviços prestados, e esse progresso oportunizou uma série de benefícios (econômicos, técnico-científicos, culturais) à comunidade local, regional e estadual.
Contudo, independentemente da época, os investimentos em educação nunca foram satisfatórios, a evolução observada na UEM ocorreu num ritmo distinto daquele da liberação de recursos pelo Estado à instituição. Assim, como compreender o crescimento observado na instituição e que trouxe tantos benefícios?
Em verdade, talvez uma possível explicação seja: a UEM trabalhou muito continuamente, sem interrupção. Por isto, quem sabe, esteja aí à razão pela qual a participação das lideranças locais e regionais é requerida em negociações como pelo fim de greves, por exemplo: para que a Universidade prossiga ininterruptamente sua missão de ensino-pesquisa-extensão-cultura, afinal de contas, porque a UEM não pode parar!
LUCIANO GONSALVES COSTA –Departamento de Física da Universidade Estadual de Maringá (UEM), Coordenador do Mestrado Profissional em Ensino de Física da UEM e Vice-Presidente da Associação dos Docentes da UEM (ADUEM)