Câmara da UEM aprova suspensão dos vestibulares
Fonte: http://digital.odiario.com/cidades/noticia
Proposta foi aprovada ontem por 50 conselheiros
Por Murilo Gatti
Para que as datas dos dois concursos sejam efetivamente suspensos, o CEP, que tem reunião marcada para a tarde de segunda-feira, precisa ratificar a deliberação de primeira instância. O relator da matéria e coordenador do curso de graduação em Ciências Contábeis, Paulo Rosa, avalia que é bem provável que a decisão seja confirmada. "É quase certeza que vai passar. Dificilmente as matérias aprovadas pela Câmara são rejeitadas pelo CEP", afirma. O principal motivo é que, dos 74 membros do CEP, 50 compõem a Câmara de Graduação e tendem a votar novamente pela suspensão dos vestibulares.
Rosa explica que a suspensão da data é uma medida preventiva em relação ao risco da greve perdurar até julho. "Vamos supor que a greve acabe na semana que vem. Se houver essa decisão, a data do vestibular fica mantida. Mas, se perdurar a paralisação, em vez de acontecer em junho e julho, os vestibulares podem acontecer em agosto ou setembro", exemplifica.
Além dos vestibulares, o CEP vai deliberar sobre a suspensão do calendário acadêmico. "Há alguns professores ministrando aula à revelia e estas aulas vão perder a validade. A suspensão é uma forma de garantir a reposição do conteúdo no retorno da paralisação", afirma. Segundo o professor, o principal argumento aceito pelos integrantes da Câmara é evitar prejuízo aos estudantes da UEM e também aos estudantes das escolas públicas que pretendem concorrer a uma vaga na universidade.
"A preocupação maior é com os alunos do Ensino Médio de escolas públicas que estão sem aula e não vão ter condições de competir em igualdade", diz. O reitor da UEM, Mauro Baesso, que preside o CEP, indicou em nota que é favorável às mudanças no calendário. O encaminhamento da matéria "reconhece que a manutenção dos concursos vestibulares para as datas marcadas poderá causar prejuízos aos alunos da rede pública de ensino inscritos nesses certames, já que encontram-se há mais de 50 dias sem aulas".