Pesquisa revela que maioria dos docentes da UEM quer manutenção do calendário acadêmico

Nesta quarta-feira(22), a Aduem apresentou os resultados da pesquisa realizada com os docentes da UEM, acerca da opinião deles quanto à manutenção das atividades acadêmicas e ensino a distância, neste período de pandemia.

A Associação dos Docentes da UEM aplicou um questionário aos professores da universidade, de 17 a 20 de abril, para saber se são a favor ou contra a suspensão do calendário acadêmico, neste período de pandemia do coronavírus. A consulta foi realizada com 1777 docentes, via e-mail e WhatsApp, e 321 responderam.

O resultado da pesquisa revelou que a maioria dos professores, 57,9%, é a favor da manutenção do calendário acadêmico. Outro item consultado foi acerca da modalidade do ensino a distância, recurso a ser utilizado para dar continuidade às atividades de ensino e pesquisa. Para esta questão, 37, 7% são a favor, 28, 3% contra e o restante respondeu que depende de algumas questões a serem discutidas, tais como: internet instável e acesso desigual às ferramentas tecnológicas, conforme explica o Vice-presidente da Aduem, Jaime Graciano Trintin.

“Houve uma forte manifestação quanto aos pontos fracos para a adoção do ensino não presencial, pois, apesar da grande capacidade dos professores da universidade, não serão todos que terão condições de assumir a modalidade de aulas a distância. Além de que as disciplinas são diferentes e elas exigem recursos didáticos que, talvez, no sistema remoto, não poderão ser oferecidos”.  

O objetivo da consulta foi gerar informações para o Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão da UEM (CEP), que se reunirá nesta sexta-feira (24). Procurou-se expor os elementos com “isenção” de modo a subsidiar os Conselheiros do CEP na melhor tomada de decisão para a sociedade e comunidade universitária. A margem de erro da pesquisa é 4,95% e a confiabilidade é 95%.

 

Levantamentos da pesquisa:

Pontos Fortes à adoção de atividades não presenciais, em tempos de pandemia e pós-pandemia.

  • Enfática preocupação para com os alunos.
  • Professores resilientes, doutores, que superam desafios.
  • NEAD já disponibiliza cursos de formação para atividades não presenciais.
  • UEM disponibiliza o moodle para disciplinas presenciais.
  • Ensino remoto mantem a saúde mental dos alunos, e os mantem ativos intelectualmente.
  • Mitigação de transmissão do vírus, na aula remota, durante a pandemia.
  • Não aglomeração de pessoas.
  • Pior que a queda na qualidade do ensino, é a ausência do ensino.
  • Valoriza-se o ensino presencial, com ênfase em qualidade, e com parte da carga horária na modalidade EAD (20% a 40%) e na busca de caminhos não ortodoxos, como acesso remoto, vídeos conferências e etc.

Pontos Fracos à adoção de atividades não presenciais, em tempos de pandemia e pós-pandemia.

  • Acesso desigual dos alunos às tecnologias digitais e educacionais de ensinoaprendizagem.
  • Atraso nas atividades letivas e calendário acadêmico.
  • Internet instável.
  • Alunos e professores não preparados.
  • Falta de funcionários e infraestrutura na instituição de ensino.
  • Tempo curto e abrupto de preparação para mudança.
  • Falta de acesso à biblioteca pelos alunos.
  • Pouca experiências por parte dos professores com as tecnologias digitais/educacionais no processo de ensino-aprendizagem.
  • Falta de estrutura em ofertar o ensino a distância, com suporte tecnológico e humano em larga escala.

Oportunidades à adoção de atividades não presenciais, em tempos de pandemia e pós-pandemia.

  • Detectam-se perigos nos movimentos dos poderes executivos e legislativos, tanto na esfera federal quanto estadual, para efetuar cortes e/ou redução de salários e de demais direitos dos servidores públicos do Estado do Paraná.
  • A falta de respaldo do governo do Estado em garantir o não aproveitamento da crise para reduzir ainda mais o quadro de pessoal, no entendimento que medidas emergenciais de atividades remotas possam substituir o ensino presencial.
  • Substituição de professores presenciais por a distância.
  • Número per capita elevado de alunos, por professor, impacta na qualidade do ensino.
  • Perda de professores temporários a serem contratados.
  • Outras IES públicas estão atuando remotamente com atividades não presenciais.
  • Governo do Estado se aproveitar do momento para precarizar a universidade.
  • Perigo do presencial virar EAD.
  • Perda dos laços interacionais professores-alunos.
  • Perigo de alunos carentes não atendidos e aumento da evasão.
  • Entrada de outras IES públicas estaduais e federais na região noroeste do Estado, ocupado pela UEM, devido à institucionalização do EAD antes que a própria UEM o faça.
  • O que é temporário se tornar permanente.

Diretoria da ADUEM (2019-2020)

Coordenadores da pesquisa:

Profa. Dra. Celene Tonella

Profa. Dra. Elaine Rosely Lepri

Prof. Dr. Fabrízio Meller da Silva

Prof. Dr. Jaime Graciano Trintin

Prof. Dr. Julyerme Matheus Tonin

 

 

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